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Trecho de 5 km sem asfalto provoca retenções em porto no Pará pode causar prejuízo de 100 milhões de dólares a produtores de soja do Mato Grosso

Dificuldade de escoamento da safra de soja retém, desde janeiro, centenas de caminhões ao longo da BR-163, principal via de acesso ao Porto de Miritituba

O trecho localizado na BR-163, próximo ao distrito de Miritituba, no município de Itaituba (PA), é um acesso estratégico da rota de exportação da soja produzida no médio norte e norte de Mato Grosso. Cerca de dois mil caminhões descarregam diariamente a produção de soja nas Estações de Transbordo de Carga (ETCs), instaladas às margens do rio Tapajós.

“Em 2024, os terminais de Miritituba exportaram cerca de 15 milhões de toneladas. A previsão para este ano é de 18 milhões de toneladas de grãos, a capacidade máxima de movimentação do porto. Caso não seja asfaltado, esse pequeno trecho poderá impedir o escoamento desse total previsto, levando a um custo de 200 reais a mais por tonelada, potencializando um prejuízo de cerca de 600 milhões de reais, além da dificuldade em conseguir espaço em outros portos do país”, alerta Carley Welter, diretor institucional da ANATC.

Entre as principais companhias que administram terminais no porto estão a Cargill, a Unitapajós (Bunge e Amaggi), a Hidrovias, a Cianport e a Betolini. Os grãos transportados por caminhões são transferidos em barcaças que seguem pelo Rio Tapajós até o Oceano Atlântico.

“A concessão da estrada é da Via Brasil e a empresa precisa fazer o acesso dos caminhões aos terminais de embarque. Estamos em uma época de alta demanda dos portos nacionais. São 24 horas de atividades sem interrupção. Quando há um problema, como o de falta de asfalto, os veículos ficam retidos. Logo, as filas se estendem por até três dias ao longo da BR. Os caminhões viraram locais de armazenamento. É uma situação grave”, detalha Carley.

O asfaltamento está previsto no contrato de concessão à Via Brasil. O governo federal, por meio do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), incluiu a obra no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que tem como objetivo atrair investimentos privados para melhorar a rodovia. O leilão ocorreu em julho de 2021, na B3, e a vencedora foi a Via Brasil BR-163.

“O possível aumento dos custos será causado pela mudança de portos de exportação, onde as tradings precisarão procurar opções no Sudeste e Sul do Brasil”, alerta, por fim, o diretor institucional da ANATC.

Tags: Parmenas Alt, Infraestrutura, Transportes, Wagner Matheus (Jornalista Internacional)

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