Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu mais um passo importante rumo à retomada do protagonismo ferroviário no Brasil. Publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) desta terça-feira (15/4), a Reunião Participativa nº 3/2025 marca o início de um amplo processo de escuta e colaboração com a sociedade para fortalecer e expandir a malha ferroviária federal.
A iniciativa, além de ser um rito formal de participação social, é um convite direto à população, especialistas, empresas, transportadores e governos locais para contribuírem com estudos, ideias e dados sobre trechos ferroviários que, embora hoje estejam subutilizados ou abandonados, podem ser chave para um novo ciclo de desenvolvimento regional e nacional.
A essência da ação é identificar oportunidades reais e viáveis, a partir de demandas concretas e informações técnicas vindas de quem está no território. Por isso, diante desse cenário, a ANTT, em parceria com o Ministério dos Transportes, busca estruturar uma carteira robusta de projetos para outorga por autorização, por meio de chamamentos públicos — uma via mais ágil e moderna de viabilizar novas ferrovias.
Participação ampla, diálogo transparente
O processo de participação está aberto a contribuições até o dia 15 de maio, às 18h, por meio do Sistema ParticipANTT, fazendo uma ponte direta entre a técnica e a escuta ativa, entre o planejamento estratégico e o olhar atento aos territórios.
Já a reunião pública acontecerá no dia 29 de abril, das 14h às 18h, de forma híbrida — presencial, no auditório da sede da ANTT (SCES Trecho 03, Lote 10, Brasília), e virtual, com transmissão ao vivo pelo YouTube e participação interativa via Microsoft Teams.
O link da videoconferência será disponibilizado no Sistema ParticipANTT até as 10h do dia 27 de abril.
O que está em jogo?
Trechos ferroviários desativados ou com baixa utilização representam um patrimônio adormecido. O desafio — e a oportunidade — está em reconectar o Brasil por trilhos, promovendo integração regional, redução de custos logísticos, sustentabilidade e competitividade econômica. Esse processo, amparado por resoluções da ANTT e por marcos legais recentes, como a Lei das Ferrovias (Lei nº 14.273/2021), pode também impulsionar investimentos privados e internacionais, como o apoio em negociação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A ANTT reafirma seu compromisso com a transparência, com o fortalecimento do controle social e com a promoção de soluções de transporte que façam sentido para o país real — o que trabalha, o que produz, o que se movimenta.
Informações e esclarecimentos adicionais podem ser solicitados pelo e-mail [email protected].
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