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Produção de grãos deve crescer 10,3% e alcançar recorde, projeta Conab

O Brasil deve colher 328,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, segundo o sexto levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (13). O volume representa um crescimento de 10,3% em relação à safra anterior, com um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas na produção nacional. Caso as projeções se confirmem, o país atingirá um novo recorde na colheita de grãos.

De acordo com a Conab, o aumento é impulsionado pela expansão da área plantada, que deve alcançar 81,6 milhões de hectares, e pela recuperação da produtividade média, estimada em 4,02 toneladas por hectare. “As previsões deste sexto levantamento são mais positivas ainda do que as do quinto levantamento”, destacou o presidente da Conab, Edegar Pretto, que classificou a safra como “histórica”.

Principal cultura da primeira safra, a soja deve atingir uma produção de 167,4 milhões de toneladas, um crescimento de 13,3% em relação ao ciclo anterior. A área plantada do grão aumentou 2,8%, chegando a 47,45 milhões de hectares. Com esses números, o Brasil se mantém na liderança mundial da produção de soja. A alta é impulsionada pela expansão da área plantada, que deve atingir 81,6 milhões de hectares, e a recuperação da produtividade média, estimada em 4,02 toneladas por hectare.

Apesar do excesso de chuvas em janeiro, que atrasou o plantio e o início da colheita em alguns estados, a estiagem de fevereiro possibilitou um avanço significativo. Até agora, 60,9% da área total foi colhida. “A diminuição das chuvas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, que trouxe uma quebra na produção da soja (local), teve uma extraordinária recuperação nas demais regiões, como o Centro-Oeste”, explicou Pretto.

A Conab estima que a produção de milho na safra 2024/25 será de 122,76 milhões de toneladas, um aumento de 6,1% em relação ao ciclo anterior. A área plantada deve chegar a 21,14 milhões de hectares, com crescimento de 0,4%.

No entanto, o plantio da segunda safra de milho ainda preocupa, com 83,1% da área prevista já semeada, um percentual abaixo do registrado no último ciclo.

Segundo Pretto, a diminuição das chuvas “traz certa preocupação para o fim do plantio do milho”. Ele destacou a importância do grão para a produção de ração animal. “Ter mais milho em oferta, tanto para o nosso Brasil quanto para o exterior, é importante para a economia. O governo tem uma atenção especial para a ração animal e também sobre o preço da carne para os consumidores”.

Arroz e feijão

O arroz registrou um aumento de 6,5% na área plantada, atingindo 1,7 milhão de hectares, a maior dos últimos sete anos. A produtividade média também subiu 7,3%, chegando a 7.063 quilos por hectare. Com isso, a produção deve alcançar 12,1 milhões de toneladas. “O que é muito positivo porque (o arroz) é uma das culturas importantes para o nosso consumo interno”, ressaltou Pretto.

O feijão, outro alimento essencial para a mesa dos brasileiros, deve registrar um leve aumento de 1,5% na produção, com uma colheita estimada de 3,29 milhões de toneladas. Segundo a Conab, a elevação se deve à melhora na produtividade, já que a área plantada segue praticamente estável.

Pretto destacou que a política de apoio à agricultura familiar tem garantido juros mais baixos para a produção de alimentos como arroz e feijão. “Neste ano, estamos fazendo a colheita das boas políticas plantadas no ano passado”, comemorou.

Algodão e trigo

A produção de algodão em pluma pode atingir um novo recorde, com 3,82 milhões de toneladas, caso se confirme o crescimento de 3,3% em relação à última safra. A área semeada aumentou para cerca de 2 milhões de hectares.

O trigo, por sua vez, deve ter uma safra de 9,11 milhões de toneladas, um crescimento expressivo de 15,6% em comparação ao ciclo anterior. Apesar da redução de 2,1% na área plantada, a Conab prevê boas condições climáticas para o cultivo do grão até o fim do inverno.

A Conab reforça que acompanha de perto o desempenho da safra e recomenda que o governo federal mantenha políticas de incentivo à produção agrícola. “Nossa recomendação é que o governo federal continue com as boas políticas de incentivos para alcançar com a mão amiga o produtor, de modo a aumentar a oferta de alimentos no país e equilibrar os preços, que sejam justos aos consumidores”, afirmou Pretto.

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