Fundada a partir de uma ideia ousada — a união de transportadoras concorrentes — a G10 Transportes se consolidou como uma das maiores do país no transporte rodoviário de cargas. Com 25 anos de história, a empresa mostra que visão estratégica, foco em pessoas e compromisso com o meio ambiente são caminhos certos para o sucesso.
Em exclusividade, conversamos com Valdecir Adamuccio, diretor comercial no G10, que compartilhou os principais marcos da trajetória, os desafios superados e os próximos passos da gigante do transporte. Confira!!
A G10 Transporte é hoje uma das maiores transportadoras do Brasil. Como foi o início dessa trajetória e quais foram os principais desafios enfrentados?
Quando começamos, foi uma novidade no mercado, pois não existia um caso de união entre concorrentes no transporte rodoviário de cargas para atuarem em parceria. O maior desafio foi alinhar os perfis e as formas de pensar de cada sócio. A partir daí, houve muito trabalho e dedicação, sempre com foco na nossa capacidade de atender com qualidade. Iniciamos com 123 conjuntos de caminhões, somando 10 transportadoras. Hoje, 25 anos depois, somos cinco transportadoras e contamos com 2.000 conjuntos.
O setor de transporte rodoviário no Brasil passou por muitas transformações nos últimos anos. Como o G10 tem se adaptado a essas mudanças?
Para acompanhar as mudanças do mercado, temos investido fortemente em inovação e na qualificação dos nossos colaboradores. A gestão do G10 acredita que investir em pessoas é essencial para atender os clientes da forma como eles esperam e para garantir o sucesso da empresa.
Além disso, temos direcionado esforços para devolver à comunidade e ao mundo parte dos nossos resultados, por meio de práticas ESG. Um exemplo é o Programa Florescer, com sede na matriz, que há 15 anos atende crianças e adolescentes no contraturno escolar.
A ANATC representa importantes empresas do setor de transporte de cargas no Brasil. Como a G10 Transporte se relaciona com a associação e qual a importância dessa parceria?
A ANATC representa de forma significativa a força do transporte rodoviário de cargas e atua em pautas importantes junto aos órgãos governamentais. Isso gera resultados positivos para o setor e para a sociedade como um todo. Para o G10, a ANATC é uma parceira confiável, com o propósito comum de transformar positivamente o nosso segmento em nível nacional.
Quais são as principais demandas do setor de transporte que a G10 e a ANATC têm trabalhado juntas para solucionar?
Trabalhamos em conjunto em diversas pautas que impactam diretamente o transporte rodoviário de cargas, como a liberação do uso da carreta com 4º eixo, em 2022. Também discutimos questões de infraestrutura, legislação relacionada ao setor e custos operacionais.
A G10 Transportes tem investido em inovação para otimizar as operações logísticas. Poderia compartilhar algumas iniciativas recentes que melhoraram a eficiência da empresa?
Investimos continuamente na capacitação da equipe. Para isso, contamos com uma Universidade Corporativa a distância, a UNIG10, onde colaboradores e motoristas terceiros mantêm seus conhecimentos atualizados para atuar em nossas operações.
Também adotamos ações de melhoria contínua nos processos e implementamos tecnologias que favorecem tanto os motoristas quanto os clientes, aumentando a eficiência da empresa.
Anualmente, realizamos a aquisição de caminhões e implementos novos, que oferecem melhor dirigibilidade, menor impacto ambiental e redução no consumo de combustível.
A questão ambiental tem sido cada vez mais debatida no setor de transportes. Quais medidas sustentáveis o G10 tem adotado para reduzir o impacto ambiental das operações?
Todos os caminhões do G10 são novos, o que reduz o impacto ambiental, já que as tecnologias mais recentes emitem menos CO₂. Na matriz, utilizamos energia verde, gerada por uma usina fotovoltaica de teto — uma das maiores do Brasil — que produz energia suficiente para abastecer até 800 residências populares.
Também realizamos o tratamento de toda a água utilizada no G10 Auto Posto, devolvendo-a à natureza em estado puro. Há ainda a coleta da água da chuva, que é usada para fins internos.
O Programa Caminhões da Sustentabilidade desenvolve várias ações ambientais, como plantio de árvores, arrecadação e destinação de tampinhas plásticas, limpeza de fundos de vale e campanhas de conscientização voltadas à preservação da natureza.
O preço dos combustíveis e os custos logísticos são grandes desafios para as transportadoras no Brasil. Como a G10 tem lidado com essa questão?
Com processos bem alinhados e profissionais capacitados. É essencial fazer um acompanhamento diário dessas variáveis.
O que você acredita que precisa mudar no setor para que as transportadoras tenham mais competitividade e segurança nas operações?
É necessário investir em infraestrutura no país, com melhorias nos portos, e ter um olhar atento para questões do dia a dia, como o tempo de carga e descarga. A legislação sobre a jornada do motorista também precisa ser revista, pois atualmente há entraves que impedem que ele descanse em casa.
Além disso, é fundamental investir em tecnologia e atrair novos motoristas, uma vez que há alta demanda por esses profissionais.
Outro ponto crítico é a segurança. Lidamos diariamente com o risco de roubos de cargas.
A G10 Transporte tem planos de expansão ou novas áreas de atuação para os próximos anos? Pode nos contar um pouco sobre isso?
A G10 Transportes é a segunda maior empresa de transporte rodoviário de cargas do Brasil. Trabalhamos diariamente pela perenidade da empresa, com foco nos clientes, nos colaboradores, na solidez no mercado e na rentabilidade operacional, sempre alinhados às práticas ESG.
Para transportadores e empreendedores que estão começando agora no setor, que conselho você daria para crescer de forma sólida, como a G10 conseguiu?
É preciso ter garra, resiliência, disposição e muito trabalho. É fundamental respeitar os compromissos com os clientes e entender que, sem pessoas, nenhum processo se sustenta — e o contrário também é verdadeiro. Encare cada desafio como um degrau que o fará avançar.
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