O diretor de comercialização e logística da Petrobras, Claudio Schlosser, disse hoje (13) que a gasolina vive momento de alta dos preços internacionais, enquanto o diesel, ao contrário, teria um cenário de queda no exterior, o que permitiu suas três reduções seguidas de preço pela Petrobras desde o fim de março.
“Temos um olhar particular para cada um dos produtos. Ao contrario do diesel, que tem tendência de queda, a gasolina vive momento de ascendência pela ‘drinving season’ americana (temporada de férias). A gasolina tende a subir e isso pressiona um pouco as cotações internacionais”, disse Schlosser.
Para além dos preços externos, lembrou Schlosser, a Petrobras também leva em consideração critérios internos, como sua capacidade de refino e aspectos logísticos da companhia, o que diferencia sua referência de preço daquela adotada por importadores, por exemplo.
O diretor da Petrobras falou, ainda, em “forte volatilidade externa”. “Há fatores geopolíticos extremamente fortes, pressionado os preços e spreads (diferencial ante o óleo bruto) dos produtos. E nós nao tranferimos essa volatilidade como no passado”, disse para justificar os mais de 400 dias sem mudanças no diesel que antecederam o reajuste de março e os cerca de 300 dias sem alteração na gasolina Petrobras.
Segundo a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis), o diesel Petrobras, mesmo após as reduções de preço, seguia acima do PPI (Preço de Paridade de Importação) até esta terça-feira (13), quando ficou R$ 0,05 por litro mais barato que o referencial do Golfo do México (EUA). Já a gasolina da estatal segue R$ 0,07 por litro acima do PPI.
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